Falando com pais (25/03)
São José do Rio Preto, 25 de março de 2021.
Senhores pais e/ou responsáveis,
Nas últimas duas semanas, atendendo às solicitações dos órgãos de saúde, nossa escola, mesmo tomando todas as medidas necessárias para manter e promover a saúde dos nossos alunos e parceiros, preocupada com o agravamento da pandemia, decidiu pela interrupção das atividades presenciais, mantendo-as no formato remoto. A situação em nossa cidade atingiu um patamar tão grave que, logo após nossa decisão, a prefeitura decretou Lockdown na cidade até o dia 31 de março de 2021.
Infelizmente, transcorridas essas duas semanas, a situação não se alterou, ficando evidente a piora no quadro nacional com o crescimento do número de infectados, chegando-se ao patamar de 3000 mortes diárias no país, algo nunca visto desde o início da pandemia. Em nossa cidade, aguardamos o resultado da diminuição da transmissão da doença em virtude da ação de isolamento na cidade.
Quando o Brasil alcança a triste marca de 300 mil vidas ceifadas pela COVID 19, nos assustamos com os números de óbitos também no Estado de São Paulo, batendo a marca de 1000 mortes diárias, e a piora no quadro local, com a total ocupação das vagas de UTI e o maior número de mortes diárias já observadas em nossa cidade.
A mudança na faixa etária dos jovens contaminados e internados com complicações também acendeu o sinal de alerta, aumentando a preocupação das autoridades de saúde e a nossa. Essa triste realidade nos faz constatar que não fizemos bem nosso dever de casa, e que esse tempo de endurecimento das regras não foi suficiente ainda para reverter o grave quadro.
As autoridades públicas e a população estão longe do nível de conscientização e comprometimento desejados para o controle da pandemia enquanto não se chega à cura definitiva. Já chegamos a um ponto em que todos nós conhecemos alguém muito próximo que foi acometido deste terrível mal, ou até a perda da vida de alguém conhecido ou querido.
Estamos à mercê das próximas decisões das autoridades públicas e sanitárias para tentar minimizar o impacto e evitar o colapso total da rede de saúde, enquanto aguardamos a morosa vacinação da população. Porém, de nada adiantarão os esforços coletivos, se cada um de nós não tiver a consciência do nosso compromisso pessoal e social. As ações básicas de uso de máscaras, higiene das mãos, e o distanciamento social devem ser premissas constantes e inegociáveis.
Não é momento de ajuntamentos, passeios, viagens, festas, aglomerações em mercados, idas e vindas desnecessárias. Gastemos nosso tempo em casa, para unir a família, fortalecer os aprendizados, aprimorar o acompanhamento escolar de nossos filhos, reforçar nossos melhores laços de afeto. Quando tudo passar, poderemos retomar nossa rotina. Ficar mais um pouco em recolhimento não nos fará tanto mal quanto a perda de vidas preciosas. Pensemos nisso e nos comprometamos!
Hoje pedimos, em especial, um minuto de reflexão pelos 300 mil mortos e suas enlutadas famílias.
A Direção e Coordenação